ENSINAMENTOS DOS MESTRES ASCENSOS DA
GRANDE FRATERNIDADE BRANCA:
TEXTO SOBRE: “BRAHMA/VISHNU/SHIVA”
MESTRE ASCENSO SAINT GERMAIN,
A senda do amor ardente, que é o fogo sagrado todo-consumidor de
Deus, consome até mesmo a força do Antiamor, o Mal Absoluta de anjos réprobos
contra a Divindade, pois o Amor Divino vai além do Amor – ele é o Poder e a
Sabedoria autocontidas no Um – e depois em alguns.
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E aqui reside o mistério do Amor. O Amor é mais do que o efeito
ou a causa menor, é a Causa Primeira e ponto de Luz para além de toda luz e
trevas. O Amor é todo Amor excedendo as expressões visíveis e as trocas do
Amor. O Amor é a força cósmica invencível!
O Verdadeiro Amor, o Amor divino, em sua
própria magia, ainda pode ser conhecido como pelas chamas gêmeas que habitam a
zona crepuscular do amor adulterado. Pois o Amor é sempre puro e não contém em
si nenhuma força autopoluente ou automutilante, como o medo do fracasso, o medo
da Verdade, o medo da Vida, o medo de ser Amor. Nenhuma interação ou poder da
psicologia humana pode desfigurar o verdadeiro Amor, mas podem e realmente
desfiguram o amor humano que aguarda em incubação, cuidando dos aglomerados da
consciência até que o anjo do SENHOR revolva as águas da mente e eleve uma
única gota ao Sol, onde toda a criação do amor humano entrega-se ao amplexo do
Divino.
O verdadeiro Amor é
sempre compreensivo, no entanto não é sempre necessariamente compreendido. Ele
fala com a voz da autoridade do Pastor, jamais do tirano mesquinho; ele pune,
retirando, com suas chamas acariciantes, as camadas de auto-engano do
homem-criança. O Amor como disciplina possui a dureza da Mente de Deus,
brilhando como o diamante, capaz de cegar sozinho o ego tirano e colocar os
cativos em liberdade. Do coração do Cristo, de verdadeiro Amor, as palavras
“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”5 são pronunciadas
com facilidade.
O Amor não tem
imitadores, pois apenas Deus é Amor. No sentido humano do amor estão contidas a
tese e a antítese do amor. Assim, humanamente falando, aquilo que tem a
capacidade de amor humano também tem a capacidade de ódio humano. E é
precisamente esta a fonte da tragicomédia da vida. O Divino, contudo, não é
assim.
No Absoluto – onde a
autodesintegração não existe, onde a lei da síntese humana não neutraliza o
mais e o menos do magneto divino –, os atributos do Poder, Sabedoria e Amor de
Deus estão sempre personificados pela polaridade das chamas gêmeas que
representam a Totalidade Divina do Deus Pai-Mãe.
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Na tradição hindu, essas encarnações divinas dos Princípios
masculino e feminino de cada pluma da Trindade recebem nomes e são lembradas
como emanações da Divindade.
Neste relacionamento de
Absolutos Divinos, o Pai é a tese, a Mãe é a antítese e a totalidade de sua
criação, incluindo o fruto de sua Consciência Crística, é a síntese – sua razão
de Ser e para ser a encarnação Divina.
O que acontece quando
os Amantes Divinos encontram-se no Amplexo Divino do T’ai Chi – o Grande Corpo
Causal de Deus – é o saldo de sua contribuição ao Cosmo. Assim acontece quando
as chamas gêmeas retornam ao ovóide de fogo branco da sua Origem. Apenas nesta
União máxima (celebração da Comunhão Sagrada de Alfa e Ômega) a finalidade
criativa de seu Ser pode ser plenamente realizada.
Assim, os Amantes
Divinos satisfazendo o intercâmbio
mais/menos do atributo do Poder são identificados como Brahma e Sarasvati, que
exemplificam a encarnação masculina e feminina da Força Cósmica. (Observem que
a palavra por mim utilizada para descrever este yin e yang é síntese, porquanto, se alguma das
metades da Totalidade perdesse o magnetismo desta polaridade de forças
cósmicas, os mundos da forma entrariam em colapso; daí intercâmbio, ou troca, sim! Síntese,
não!)
Na visão hindu, Brahma,
como a figura paterna, Primeira Pessoa da Trindade, é descrito como o Ser
Imenso – o Criador, Supremo Governante, Legislador, Sustentáculo e Fonte de
Todo Conhecimento – enquanto Sarasvati representa a eloqüência, a Mãe que
articula a Sabedoria da Lei. Ela é a Mãe/Instrutora daqueles que amam a Lei
como a vontade de Deus revelada por Brahma. Assim, ela é o Poder da volição, a
vontade e motivação de ser a Lei em ação, a Origem, o rio e o leito do rio,
para o fluxo do conhecimento universal, como valorização da Lei do Criador,
autocontida em cada partícula da criação.
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Da mesma maneira, os
dois na polaridade que abrange a Lei da Unidade no atributo da Sabedoria são
conhecidos e amados como personalidades reais – Vishnu e Lakshmi, contendo o
círculo de qualidades atribuídas a um ou a outro e no entanto partilhadas
amorosamente mas rendendo-se divinamente à esfera turbilhonante da sua Unidade.
Desse modo, nos céus
dois é igual a Uma Totalidade indivisa; na terra, dois em um constantemente
sacrificam sua verdadeira identidade à síntese humana que se torna a nova tese
– a distinção das duas partes da premissa original, neutralizada no fluxo da
relatividade. Vejam bem, a relatividade não possui polaridade fixa. E aí reside
sua mutabilidade.
Mas acima, no esplendor
cintilante do Sol, Vishnu – o Filho imortal – personifica a Sabedoria do Cristo
Cósmico, cuja essência é a duração, a qualidade e a perseverança, a própria
continuidade da consciência de Deus. Ele é a coesão personificada, unindo,
através do Amor da Sabedoria, as forças cósmicas concebidas pela Mente
Universal; seu caminho é a liberação, através do Autoconhecimento no ser Divino
Mais Elevado.
Vishnu, cujas
encarnações mais famosas foram as de Rama e Krishna, sempre Hari na
manifestação, é o Protetor onipresente – protegendo, pela consciência do Deus
do anti-eu (e da aniquilação daí resultante) que roubaria esse Eu Verdadeiro
antes de ter nascido nos seus pequeninos. Esta Segunda Pessoa da Trindade é o
Preservador do desígnio divino, concebido na chama da Sabedoria a partir da
Presença legítima do Poder. Ele é o Restaurador do universo, através da Luz da
Sabedoria que tudo cura, o verdadeiro Poder da alquimia da iluminação do Amor.
A consorte de Vishnu,
Lakshmi, é eternamente identificável como a polaridade de tudo que ele é, sua
Sabedoria revelada nas bênçãos de prosperidade, pela precipitação da abundância
pela ciência de Prakrti e Purusa, e no controle das quatro forças cósmicas. Ela
segura uma cornucópia da boa fortuna, através da magia do olhar do olho
onividente de seu Amado. Ela ensina o domínio dos ciclos cármicos no relógio
cósmico, a multiplicidade e a beleza – o Um, e os muitos que provêm do Belo Ser
– espelhando a imagem do Deus da Sabedoria.
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Assim, da mesma
maneira, o Espírito Santo torna-se vivo nos personagens atraentes de Shiva e
sua Shakti. Cada um deles uma esfera e, ao mesmo tempo, a metade do outro,
esses complementos divinos do Amor são uma prova viva, para todas as almas que
amam, que o contrário do Amor Divino não é o ódio, mas o equilíbrio, seja ele
masculino ou feminino, da compaixão e da bondade corrigindo com firmeza, dando
e recebendo a gratidão como formas ativa e passiva do mesmo verbo, “amar”.
A natureza dual de
Shiva, Senhor do Amor, ele mesmo Destruidor/Libertador, é complementada por sua
consorte que, sob formas multifacetadas, é ao mesmo tempo exterminadora de
demônios e salvadora de crianças. Parvati é o nome da benevolente “filha da
montanha”, a Mãe e Esposa delicada e benéfica. A face de Durga é a feroz
defensora de seus filhos, terrível e ameaçadora para seus inimigos – a “Deusa
Inalcançável” – enquanto Kali, outra metamorfose da natureza feminina de shiva,
representa a noite suprema da Mãe que engole a rede do carma, e os mundos de
tempo/espaço que a contém. Ela complementa o Poder de Shiva na destruição, pelo
Amor, do véu de energia (ilusão). Ela é a Mãe que dedica sua vida à Causa de
seu consorte e de seus filhos. Sua aparência terrível é o símbolo de seu Poder
ilimitado.
Assim, a encarnação
esférica do Amor Absoluto pelas Chamas Gêmeas Cósmicas consome as forças do Mal
Absoluto, na forma e nas personagens do Anti-Amor que se lançam contra Ele.
Esta força é personificada pelos traidores originais do Amor, os anjos caídos,
que, se pudessem, transfeririam-no para o próprio Amor. Lembrem-se, então, de
estabelecer sempre a diferença entre a polaridade pura e auto-suficiente do ser
que o amor contém e o Amor a que se opõe diametralmente uma força que lhe é
estranha e fora de Si mesmo – e jamais cometa o erro de confundir os dois.
A lei da perversão
através da má qualificação do Princípio original na prática das artes negras
pelos adeptos da senda da esquerda, como estamos vendo, é extremamente confusa
e misturada com a adaptação da síntese hegeliana à visão de mundo comunista.
Para que sua teoria aflore, eles devem inserir sementes de corrupção em todas
as teses que tenham o desejo de engolir, através da criação de uma antítese
sintética (fabricada).
Fonte: págs. 251-255, do livro “A
alquimia de Saint Germain”, fórmulas para a autotransformação; Mark L. Prophet,
Elizabeth Clare Prophet; tradução Terezinha Batista dos Santos. – 13ª Ed. – Rio
de Janeiro, Nova Era, 2007
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