quinta-feira, 6 de setembro de 2018

BRAHMA/VISHNU/SHIVA


ENSINAMENTOS DOS MESTRES ASCENSOS DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA:



TEXTO SOBRE: “BRAHMA/VISHNU/SHIVA”

MESTRE ASCENSO SAINT GERMAIN,

A senda do amor ardente, que é o fogo sagrado todo-consumidor de Deus, consome até mesmo a força do Antiamor, o Mal Absoluta de anjos réprobos contra a Divindade, pois o Amor Divino vai além do Amor – ele é o Poder e a Sabedoria autocontidas no Um – e depois em alguns.

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E aqui reside o mistério do Amor. O Amor é mais do que o efeito ou a causa menor, é a Causa Primeira e ponto de Luz para além de toda luz e trevas. O Amor é todo Amor excedendo as expressões visíveis e as trocas do Amor. O Amor é a força cósmica invencível!
   O Verdadeiro Amor, o Amor divino, em sua própria magia, ainda pode ser conhecido como pelas chamas gêmeas que habitam a zona crepuscular do amor adulterado. Pois o Amor é sempre puro e não contém em si nenhuma força autopoluente ou automutilante, como o medo do fracasso, o medo da Verdade, o medo da Vida, o medo de ser Amor. Nenhuma interação ou poder da psicologia humana pode desfigurar o verdadeiro Amor, mas podem e realmente desfiguram o amor humano que aguarda em incubação, cuidando dos aglomerados da consciência até que o anjo do SENHOR revolva as águas da mente e eleve uma única gota ao Sol, onde toda a criação do amor humano entrega-se ao amplexo do Divino.
   O verdadeiro Amor é sempre compreensivo, no entanto não é sempre necessariamente compreendido. Ele fala com a voz da autoridade do Pastor, jamais do tirano mesquinho; ele pune, retirando, com suas chamas acariciantes, as camadas de auto-engano do homem-criança. O Amor como disciplina possui a dureza da Mente de Deus, brilhando como o diamante, capaz de cegar sozinho o ego tirano e colocar os cativos em liberdade. Do coração do Cristo, de verdadeiro Amor, as palavras “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”5 são pronunciadas com facilidade.
   O Amor não tem imitadores, pois apenas Deus é Amor. No sentido humano do amor estão contidas a tese e a antítese do amor. Assim, humanamente falando, aquilo que tem a capacidade de amor humano também tem a capacidade de ódio humano. E é precisamente esta a fonte da tragicomédia da vida. O Divino, contudo, não é assim.
   No Absoluto – onde a autodesintegração não existe, onde a lei da síntese humana não neutraliza o mais e o menos do magneto divino –, os atributos do Poder, Sabedoria e Amor de Deus estão sempre personificados pela polaridade das chamas gêmeas que representam a Totalidade Divina do Deus Pai-Mãe.

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Na tradição hindu, essas encarnações divinas dos Princípios masculino e feminino de cada pluma da Trindade recebem nomes e são lembradas como emanações da Divindade.
   Neste relacionamento de Absolutos Divinos, o Pai é a tese, a Mãe é a antítese e a totalidade de sua criação, incluindo o fruto de sua Consciência Crística, é a síntese – sua razão de Ser e para ser a encarnação Divina.
   O que acontece quando os Amantes Divinos encontram-se no Amplexo Divino do T’ai Chi – o Grande Corpo Causal de Deus – é o saldo de sua contribuição ao Cosmo. Assim acontece quando as chamas gêmeas retornam ao ovóide de fogo branco da sua Origem. Apenas nesta União máxima (celebração da Comunhão Sagrada de Alfa e Ômega) a finalidade criativa de seu Ser pode ser plenamente realizada.
   Assim, os Amantes Divinos satisfazendo o intercâmbio mais/menos do atributo do Poder são identificados como Brahma e Sarasvati, que exemplificam a encarnação masculina e feminina da Força Cósmica. (Observem que a palavra por mim utilizada para descrever este yin e yang é síntese, porquanto, se alguma das metades da Totalidade perdesse o magnetismo desta polaridade de forças cósmicas, os mundos da forma entrariam em colapso; daí intercâmbio, ou troca, sim! Síntese, não!)
   Na visão hindu, Brahma, como a figura paterna, Primeira Pessoa da Trindade, é descrito como o Ser Imenso – o Criador, Supremo Governante, Legislador, Sustentáculo e Fonte de Todo Conhecimento – enquanto Sarasvati representa a eloqüência, a Mãe que articula a Sabedoria da Lei. Ela é a Mãe/Instrutora daqueles que amam a Lei como a vontade de Deus revelada por Brahma. Assim, ela é o Poder da volição, a vontade e motivação de ser a Lei em ação, a Origem, o rio e o leito do rio, para o fluxo do conhecimento universal, como valorização da Lei do Criador, autocontida em cada partícula da criação.

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   Da mesma maneira, os dois na polaridade que abrange a Lei da Unidade no atributo da Sabedoria são conhecidos e amados como personalidades reais – Vishnu e Lakshmi, contendo o círculo de qualidades atribuídas a um ou a outro e no entanto partilhadas amorosamente mas rendendo-se divinamente à esfera turbilhonante da sua Unidade.
   Desse modo, nos céus dois é igual a Uma Totalidade indivisa; na terra, dois em um constantemente sacrificam sua verdadeira identidade à síntese humana que se torna a nova tese – a distinção das duas partes da premissa original, neutralizada no fluxo da relatividade. Vejam bem, a relatividade não possui polaridade fixa. E aí reside sua mutabilidade.
   Mas acima, no esplendor cintilante do Sol, Vishnu – o Filho imortal – personifica a Sabedoria do Cristo Cósmico, cuja essência é a duração, a qualidade e a perseverança, a própria continuidade da consciência de Deus. Ele é a coesão personificada, unindo, através do Amor da Sabedoria, as forças cósmicas concebidas pela Mente Universal; seu caminho é a liberação, através do Autoconhecimento no ser Divino Mais Elevado.
   Vishnu, cujas encarnações mais famosas foram as de Rama e Krishna, sempre Hari na manifestação, é o Protetor onipresente – protegendo, pela consciência do Deus do anti-eu (e da aniquilação daí resultante) que roubaria esse Eu Verdadeiro antes de ter nascido nos seus pequeninos. Esta Segunda Pessoa da Trindade é o Preservador do desígnio divino, concebido na chama da Sabedoria a partir da Presença legítima do Poder. Ele é o Restaurador do universo, através da Luz da Sabedoria que tudo cura, o verdadeiro Poder da alquimia da iluminação do Amor.
   A consorte de Vishnu, Lakshmi, é eternamente identificável como a polaridade de tudo que ele é, sua Sabedoria revelada nas bênçãos de prosperidade, pela precipitação da abundância pela ciência de Prakrti e Purusa, e no controle das quatro forças cósmicas. Ela segura uma cornucópia da boa fortuna, através da magia do olhar do olho onividente de seu Amado. Ela ensina o domínio dos ciclos cármicos no relógio cósmico, a multiplicidade e a beleza – o Um, e os muitos que provêm do Belo Ser – espelhando a imagem do Deus da Sabedoria.

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   Assim, da mesma maneira, o Espírito Santo torna-se vivo nos personagens atraentes de Shiva e sua Shakti. Cada um deles uma esfera e, ao mesmo tempo, a metade do outro, esses complementos divinos do Amor são uma prova viva, para todas as almas que amam, que o contrário do Amor Divino não é o ódio, mas o equilíbrio, seja ele masculino ou feminino, da compaixão e da bondade corrigindo com firmeza, dando e recebendo a gratidão como formas ativa e passiva do mesmo verbo, “amar”.
   A natureza dual de Shiva, Senhor do Amor, ele mesmo Destruidor/Libertador, é complementada por sua consorte que, sob formas multifacetadas, é ao mesmo tempo exterminadora de demônios e salvadora de crianças. Parvati é o nome da benevolente “filha da montanha”, a Mãe e Esposa delicada e benéfica. A face de Durga é a feroz defensora de seus filhos, terrível e ameaçadora para seus inimigos – a “Deusa Inalcançável” – enquanto Kali, outra metamorfose da natureza feminina de shiva, representa a noite suprema da Mãe que engole a rede do carma, e os mundos de tempo/espaço que a contém. Ela complementa o Poder de Shiva na destruição, pelo Amor, do véu de energia (ilusão). Ela é a Mãe que dedica sua vida à Causa de seu consorte e de seus filhos. Sua aparência terrível é o símbolo de seu Poder ilimitado.
   Assim, a encarnação esférica do Amor Absoluto pelas Chamas Gêmeas Cósmicas consome as forças do Mal Absoluto, na forma e nas personagens do Anti-Amor que se lançam contra Ele. Esta força é personificada pelos traidores originais do Amor, os anjos caídos, que, se pudessem, transfeririam-no para o próprio Amor. Lembrem-se, então, de estabelecer sempre a diferença entre a polaridade pura e auto-suficiente do ser que o amor contém e o Amor a que se opõe diametralmente uma força que lhe é estranha e fora de Si mesmo – e jamais cometa o erro de confundir os dois.
   A lei da perversão através da má qualificação do Princípio original na prática das artes negras pelos adeptos da senda da esquerda, como estamos vendo, é extremamente confusa e misturada com a adaptação da síntese hegeliana à visão de mundo comunista. Para que sua teoria aflore, eles devem inserir sementes de corrupção em todas as teses que tenham o desejo de engolir, através da criação de uma antítese sintética (fabricada).


Fonte: págs. 251-255, do livro “A alquimia de Saint Germain”, fórmulas para a autotransformação; Mark L. Prophet, Elizabeth Clare Prophet; tradução Terezinha Batista dos Santos. – 13ª Ed. – Rio de Janeiro, Nova Era, 2007




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